"Não podemos deixar de abordar também sobre alguns Funks, ditos como “música”, possuem letras extremamente agressivas às mulheres. O fenômeno legitimado pelo gosto popular está aí nas garras dos esquemas comerciais de grandes gravadoras. Não se pode mais ligar a TV e o rádio, ir à feira ou freqüentar espaços públicos sem que se depare com crianças, jovens e até mesmo adultos cantarolando refrões de música funk. Os “compositores” deste funks com certeza não conhecem os números de violência contra as mulheres no país ou o que falta mesmo é o bom senso.
Por trás da desculpa de ser um estilo de música sensual, as letras “criadas” pelos Funkeiros cada vez mais descambam para a vulgaridade, para o preconceito e para a violência, em que os alvos preferenciais são as mulheres ou “tchutchucas”, “cachorras”, “preparadas” como a “galera do funk” convencionou a chamá-las.
O que as próprias mulheres não refletem é que, justamente nos produtos culturais é que se encontra a base para a edificação de valores. Estamos diante de uma situação que exige uma atitude urgente para não continuarmos sendo obrigados a ouvir músicas que insistentemente apresentam a mulher como um objeto passível de qualquer desejo masculino, inclusive a violência."
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